O DRIP DE DEATH NOTE: nós não falamos o suficiente sobre a influência weeb no nosso senso de estilo
vamos ser sinceros:
ninguém nasce “estiloso”. a maioria de nós apenas cresce vendo Death Note e achando que usar um sobretudo preto ia nos transformar em um gênio moralmente ambíguo com tendências divinas. e, de certa forma… funcionou.
☕ light yagami inventou o minimalismo do mal
enquanto o mundo ainda usava calça colorida e camiseta da Hollister, light yagami já tava no modo “clean beige academic menace”. camisa social bege, gravata marrom, blazer sóbrio — ele é literalmente o Pinterest board “homem que sabe demais”. o look dele grita: “vou te julgar com calma e precisão matemática.”
dá pra negar que isso moldou uma geração de adolescentes que, até hoje, vestem neutros pra parecer que têm um plano secreto? não dá.
👣 L, o patrono dos introvertidos esteticamente funcionais
enquanto light é a capa de revista, L é o editorial experimental. moletom branco, calça jeans grande demais, olheiras profundas — o visual “acordei, derrotei a ONU, e voltei a dormir”. é o que hoje chamam de normcore, mas ele fazia antes de ser cool.
L é o blueprint de toda pessoa que usa camiseta lisa, diz que “não liga pra aparência” e gasta 40 minutos escolhendo o tom certo de desleixo.
🖤 misa amane, a verdadeira fashion icon incompreendida
enquanto os garotos duelavam com lógica, misa fazia o verdadeiro duelo: entre a estética gótica e o capitalismo de consumo. ela inventou o girly goth japonês antes da Shein saber soletrar “lace-up”. tudo nela é performático — e é justamente isso que falta na moda atual: drama gratuito.
hoje, o estilo e-girl inteiro é só uma evolução do manifesto misaístico. correntes, minissaias, e um senso de que a vida é um videoclipe com legenda trágica.
🪞 o legado weeb no drip moderno
vamos falar sério: o “weeb core” venceu.
de streetwear com kanjis aleatórios a desfiles da Balenciaga que parecem saídos de um anime cyberpunk, a cultura otaku infiltrou a moda de um jeito tão profundo que nem dá pra arrancar mais. a estética do “personagem secundário misterioso do ensino médio” é, hoje, o auge da coolness.
é o drip que não tenta — e justamente por isso, consegue.
💬 conclusão (ou algo que parece uma)
então sim: Death Note moldou mais do que nossas noções de justiça — moldou o jeito que a gente se veste quando quer parecer interessante. cada calça preta justa, cada jaqueta oversized, cada olhar enigmático… tudo volta pra 2006, pra um quarto escuro e pra um garoto segurando uma caneta como se fosse um artefato sagrado.
no fim, ser estiloso é só acreditar que você tem uma trilha sonora tocando ao fundo.
e se essa trilha for a abertura de Death Note, melhor ainda. 🕶️💀✨